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Mostrando postagens de março, 2010

MINAS AO MAR

Mesmo tão longe sinto o ronco da montanha ao invés de ouvir o ronronar do mar Aquele que sonha é nosso povo dormindo por entre nuvens do sul propagadas ao norte E da espuma das ondas lembro dos minérios da altitude e da opulência litorânea me recordo da pobreza montanheza e da miséria litoral vejo a riqueza mineral Os pulmões de pedra levo na memória tenho marcada na pele a maldição mineira Tenho no adjetivo o que sou o que fui e o que devo mudar das noites cálidas sei as noites frias e da solidão tiro o passado Mais uma vez um montanhêz desmontanhezado, enviesado pelo minério levado ao porto, ao brota-mar