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Mostrando postagens de janeiro, 2010

A MONTANHA DE PRATA (parte II)

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Logo ficamos sabendo de um passeio “turístico” que se faz dentro da montanha. Os três viajantes, todos sociólogos, discutimos o assunto para ver a possibilidade de realizarmos o dito passeio. O que nos incomodava era ver os mineros trabalhando como num formigueiro, e nós os observando. Chegamos ao consenso de que faríamos o passeio com a condição de que não sacaríamos fotos do que se passa lá dentro, levaríamos o que víssemos em nossa memória. No dia seguinte partimos para a montanha em uma mini-van junto com um grupo de estudantes universitários bolivianos. Primeiro a van pára em um dos bairros mineros. Lá compramos refrigerantes, os quais seriam requisitados pelos mineros dentro da mina. A pobreza dos bairros mineiros mostra sua face, através da mendicância e falta de estrutura das casas. À medida que se sobe a montanha repara-se nos inúmeros entulhos de pedras e nas inúmeras colorações da montanha. Fomos até quase atingir seu cume. Nosso guia Éric, uma pessoas engajada na luta dos m

AMOR BOLIVIANO

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Morena do sol andino Índia do altiplano Seus cabelos são terrosos de terra negra boliviana Sua maneira andina se encaixa perfeitamente na cordilheira nevada No seco de seu ambiente O que é traduzido no jeito cálido nos lábios ardentes nas palavras não ditas Pele flamejante num mundo de calmaria Olhos cerrados de alma boliviana O cabelo trançado é a força de sua terra Não se rompe Assim como seu caráter Seu ritmo de morenada anunciado pelas matracas tem o som de séculos de opressão e exploração

O HAITI É AQUI

Transcrevo texto elucidador das raízes deste país que como disse meu amigo Jandira: "parece estar destinado a acabar". O Haiti é igual o Brasil, o Haiti não é igual ao Brasil. Eduardo Galeano: A história do Haiti é a história do racismo na civilização ocidental Atualizado em 19 de janeiro de 2010 às 17:34 Publicado em 19 de janeiro de 2010 às 15:11 por Eduardo Galeano, em Resumen Latinoamericano, via Resistir.info A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto. O vo