MINAS AO MAR
Mesmo tão longe
sinto o ronco da montanha
ao invés de ouvir
o ronronar do mar
Aquele que sonha é nosso povo
dormindo por entre
nuvens do sul
propagadas ao norte
E da espuma das ondas
lembro dos minérios da altitude
e da opulência litorânea
me recordo da pobreza montanheza
e da miséria litoral
vejo a riqueza mineral
Os pulmões de pedra
levo na memória
tenho marcada na pele
a maldição mineira
Tenho no adjetivo
o que sou
o que fui
e o que devo mudar
das noites cálidas
sei as noites frias
e da solidão
tiro o passado
Mais uma vez
um montanhêz
desmontanhezado, enviesado
pelo minério levado
ao porto, ao brota-mar
sinto o ronco da montanha
ao invés de ouvir
o ronronar do mar
Aquele que sonha é nosso povo
dormindo por entre
nuvens do sul
propagadas ao norte
E da espuma das ondas
lembro dos minérios da altitude
e da opulência litorânea
me recordo da pobreza montanheza
e da miséria litoral
vejo a riqueza mineral
Os pulmões de pedra
levo na memória
tenho marcada na pele
a maldição mineira
Tenho no adjetivo
o que sou
o que fui
e o que devo mudar
das noites cálidas
sei as noites frias
e da solidão
tiro o passado
Mais uma vez
um montanhêz
desmontanhezado, enviesado
pelo minério levado
ao porto, ao brota-mar
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