POEMA DA DEPENDÊNCIA
Señor, hoje levanto a cabeça
para denunciar
o que há muito
vem a me consumir
Devo dizer
que nosso subdesenvolvimento
é o desenvolvimento
de vossa terra
Declaro señor
que o olho do furacão,
consumidor de almas americanas,
atravessou o continente
Nos encontramos ligados
como unha e carne
Sou o sustentáculo
de sua beleza
A pobreza dos meus milhões
é a riqueza de seus milhares
E o seu sorriso esconde
a falta de dentes da minha boca
Sei que olhando assim
como quem olha pra nada
pareço livre,
igual a outro homem qualquer
Mas te digo señor
o que o lápis não escreve
meu povo sente,
e o que não vês
é o que meu coração esconde
Por isso señor,
somos parte da mesma moeda
O norte dá o valor
e o sul paga o sofrimento
Somos pares
da mesma dialética,
Minha morte
depende da sua vida.
para denunciar
o que há muito
vem a me consumir
Devo dizer
que nosso subdesenvolvimento
é o desenvolvimento
de vossa terra
Declaro señor
que o olho do furacão,
consumidor de almas americanas,
atravessou o continente
Nos encontramos ligados
como unha e carne
Sou o sustentáculo
de sua beleza
A pobreza dos meus milhões
é a riqueza de seus milhares
E o seu sorriso esconde
a falta de dentes da minha boca
Sei que olhando assim
como quem olha pra nada
pareço livre,
igual a outro homem qualquer
Mas te digo señor
o que o lápis não escreve
meu povo sente,
e o que não vês
é o que meu coração esconde
Por isso señor,
somos parte da mesma moeda
O norte dá o valor
e o sul paga o sofrimento
Somos pares
da mesma dialética,
Minha morte
depende da sua vida.
Comentários
Como tinha trabalhado com meus alunos subdesenvolvimento e desenvolvimento, finalizei com o poema.
Só ficou faltando o autor. Posta depois?
Você é professora de quê?